Com a aceleração digital e a pressão por entregas cada vez mais rápidas, muitas empresas vivem um dilema silencioso: como manter a segurança das aplicações sem desacelerar os times de desenvolvimento?
Por Vinicius Caires, Head of Delivery de Entelgy em Brasil
Na corrida por novos produtos e funcionalidades, a superfície de ataque também cresce e, com ela, o risco de brechas de segurança que podem expor dados sensíveis, danificar a reputação da marca e até comprometer a continuidade do negócio. Ainda assim, a grande maioria das equipes de desenvolvimento não adota um processo de desenvolvimento seguro — e muito menos incorpora essas práticas em seu S-SDLC (Secure Software Development Lifecycle, ou Ciclo de Vida de Desenvolvimento de Software Seguro… assunto para um próximo artigo 😄). Isso coloca ainda mais responsabilidade nos ombros das equipes de segurança.
O contexto da “velocidade” vai além da codificação, alcançando também a infraestrutura das aplicações. Um estudo realizado em novembro de 2023 pela Venafi, chamado “Estado Atual da Segurança em Nuvem”, apontou que um número considerável de líderes de segurança e TI não compreende os riscos envolvidos na migração de aplicações legadas para a nuvem. O uso de modelos de conteinerização e microsserviços torna as melhorias um verdadeiro feito — mas, na maioria dos casos, até mesmo as configurações nativas de segurança em nuvem são negligenciadas. Isso acontece porque não está claro quem, dentro dos times de engenharia, plataforma e desenvolvimento, deve assumir o papel de responsável pela segurança.
O novo dilema da segurança digital
Há uma maturidade ainda muito baixa nas práticas de desenvolvimento seguro (o relatório da Synopsys indica que 95% dos softwares avaliados são vulneráveis). Além disso, a maioria das organizações utiliza uma combinação de código proprietário, código comercial pronto e componentes open source para construir suas aplicações — o que gera, de forma contínua, vulnerabilidades no código e na infraestrutura. Isso pode comprometer o sistema e permitir que hackers explorem pontos fracos para extrair dados, manipular ou até apagar informações.
Somado a isso, o cenário da “corrida contra o tempo” imposta pelo negócio leva os times de desenvolvimento — internos ou terceirizados — ao limite, atuando sob alta pressão para sustentar e evoluir aplicações. Nesse contexto, inserir um processo de segurança da informação no fluxo costuma ser visto como gargalo. Soluções tradicionais de segurança podem não ser eficazes, pois chegam tarde, geram retrabalho ou simplesmente não acompanham o ritmo da empresa. Enquanto isso, as vulnerabilidades continuam ativas e com alto potencial de dano.
Por que as abordagens antigas não funcionam mais?
Ferramentas que não se integram ao ciclo de CI/CD e/ou a outras soluções de gestão de vulnerabilidades. Falta de clareza sobre a maturidade do ambiente. Priorização baseada apenas na criticidade técnica, sem considerar o impacto no negócio. Falsos positivos que confundem mais do que ajudam. Existem muitas razões pelas quais a gestão de vulnerabilidades acaba travada — ou, pior, negligenciada.
É nesse ponto que surge uma nova forma de enfrentar o problema.
Uma camada de segurança invisível (e poderosa)
A proposta é simples: implementar um processo contínuo de Gestão e Resolução de Vulnerabilidades, modular e que atue como uma camada de segurança ativa junto aos times de desenvolvimento — sem bloqueios. Utilizando ferramentas SCAN próprias e integradas às soluções dos clientes, com monitoramento especializado e uma abordagem consultiva, apoiada por uma equipe dedicada à resolução de vulnerabilidades, as áreas de tecnologia podem manter o foco na entrega com a certeza de que a segurança está sendo tratada de forma estratégica e contínua.
Tudo isso é baseado no OWASP Top 10 (que lista as 10 principais preocupações de segurança para aplicações web, atualizado regularmente pelo Open Web Application Security Project). Os entregáveis vão desde varreduras estruturadas (SAST/DAST/SCA/SBOM), passando por exploração de vulnerabilidades via inteligência artificial e/ou hacking ético, até orientações sobre práticas seguras de desenvolvimento. Além disso, é possível incorporar modelos de IA para apoiar a organização e exploração das vulnerabilidades.
Segurança que gera valor real para o negócio
A abordagem modular permite escalar de forma personalizada, de acordo com a maturidade do cliente. E os resultados são concretos:
- Aumento de receita, com redução de retrabalho e aceleração do time-to-market.
- Redução de custos, evitando a necessidade de grandes equipes internas.
- Redução de riscos, com mitigação de vulnerabilidades no código, proteção da marca e conformidade com os principais padrões do mercado.
A gestão de vulnerabilidades não precisa ser uma dor de cabeça — muito menos um freio à inovação. Com a abordagem certa, a segurança se torna um motor silencioso de negócios: protege sem travar, acelera sem abrir brechas. E é exatamente essa nova camada de valor que oferecemos aos nossos clientes. A Entelgy Security America conta com uma solução completa de gestão contínua de vulnerabilidades, integrando potentes soluções SCAN e serviços especializados de nossos consultores e auditores de segurança, além de equipes de desenvolvimento e infraestrutura dedicadas à resolução de vulnerabilidades — tudo isso sem impactar a operação de desenvolvimento atual.