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O legado tecnológico: um desafio atual para as organizações em 2025

Na Entelgy, observamos diariamente como o legado tecnológico, longe de ser um vestígio do passado, constitui um componente operacional crucial para muitas organizações. A percepção generalizada de que linguagens de programação como COBOL, RPG, Natural, PL/I, Visual Basic 6, FoxPro ou Delphi pertencem a sistemas obsoletos é imprecisa. Esses ambientes continuam no coração de processos críticos em setores como o bancário, segurador, administração pública, varejo e transporte.

Introdução: um legado que exige atenção

Um exemplo paradigmático é o COBOL (Common Business-Oriented Language), criado em 1959. Atualmente, estima-se que mais de 800 bilhões de linhas de código COBOL estão em funcionamento no mundo todo, gerenciando operações financeiras, fiscais e logísticas de alta sensibilidade. Grandes instituições — incluindo bancos centrais e agências governamentais — ainda dependem de sistemas desenvolvidos nessas linguagens para garantir a continuidade de suas operações.

Onde essas linguagens ainda estão em operação em 2025?

Na Entelgy, identificamos diversos setores em que essas linguagens continuam sendo essenciais:

  • Bancos: sistemas de core banking, compensação de cheques, cálculo de juros, concessão de crédito e contabilidade interna.
  • Seguros: gestão de apólices, definição de prêmios, processos atuariais e emissão de boletos.
  • Administração pública: arrecadação de impostos, previdência social, pensões e folha de pagamento.
  • Varejo e logística: controle de estoques e processamento de transações comerciais.
  • Transporte e viagens: reservas de voos, sistemas de check-in e manuseio de bagagens.

Além do COBOL, linguagens como RPG continuam operando em ambientes IBM i, fundamentais para setores industriais e logísticos. Natural (Adabas) segue ativo em várias administrações públicas europeias, e o PL/I ainda está presente em sistemas financeiros legados. Embora estáveis, esses sistemas enfrentam riscos crescentes decorrentes de sua antiguidade.

Os riscos silenciosos da obsolescência

A manutenção de sistemas legados impõe desafios estruturais que, na Entelgy, ajudamos a tornar visíveis e gerenciáveis. Identificamos os seguintes fatores de risco:

  • Perda de conhecimento: a aposentadoria progressiva de profissionais especialistas sem transferência adequada de conhecimento.
  • Escassez de talento: a ausência de programas de formação atualizados dificulta a renovação da força de trabalho especializada.
  • Integração limitada: sistemas legados enfrentam grandes obstáculos para se conectar com soluções modernas, APIs ou ambientes cloud-native.
  • Baixa rastreabilidade: a falta de documentação clara oculta a lógica de negócio embutida no código.
  • Altos custos ocultos: apesar de aparentarem estabilidade, sua manutenção exige recursos altamente especializados e onerosos.

A problemática vai além da esfera técnica — trata-se de uma questão estratégica. Organizações sem um plano ativo de gestão tecnológica se expõem a riscos operacionais, vulnerabilidades de segurança e entraves em sua evolução digital. O impacto da obsolescência tende a se manifestar de forma crítica e inesperada.

As razões por trás da postergação

Uma das principais razões pelas quais esse problema tem sido adiado é a percepção de “funcionalidade”. Durante décadas, a filosofia do “se está funcionando, não mexa” dominou a gestão desses ambientes. No entanto, em 2025, o verdadeiro problema está na incapacidade de compreender e evoluir esses sistemas quando as necessidades do negócio mudam.

Na Entelgy, detectamos que muitos sistemas legados operam como “caixas-pretas” dentro das organizações. A ausência de visibilidade técnica e a desconexão com o negócio impedem sua evolução. Essa situação gera uma dívida tecnológica que se agrava com o tempo e a inação.

Estratégias para retomar o controle do legado

Na Entelgy, propomos que o primeiro passo para abordar o legado não é substituí-lo imediatamente, mas compreendê-lo em profundidade. Recomendamos as seguintes ações:

  • Identificação das tecnologias obsoletas ativas no ambiente de TI.
  • Medição de sua criticidade funcional e complexidade técnica.
  • Análise de risco associada à sua manutenção ou evolução.
  • Avaliação das capacidades internas e identificação de necessidades de suporte externo.
  • Elaboração de uma folha de rota pragmática para contenção, evolução ou substituição progressiva.

A tecnologia atual oferece ferramentas baseadas em Inteligência Artificial que permitem:

  • Analisar código sem necessidade de documentação prévia.
  • Detectar estruturas repetitivas, erros lógicos e dependências críticas.
  • Extrair regras de negócio implícitas.
  • Gerar documentação estruturada e visual.
  • Priorizar módulos segundo sua criticidade funcional e técnica.

Essas capacidades, combinadas com o conhecimento de profissionais com décadas de experiência nesses ambientes, permitem recuperar o controle sem interromper a operação.

Conclusão: gerir a obsolescência como ato de liderança

Toda tecnologia tem um ciclo de vida. A obsolescência é um fenômeno natural e inevitável. O inaceitável é permitir que essa realidade afete diretamente o negócio por falta de estratégia ou visibilidade.

Na Entelgy, defendemos uma abordagem integral: combinamos análise automatizada de código por meio de Inteligência Artificial com interpretação estratégica baseada na experiência humana. Assim, ajudamos as organizações a transformar um risco em uma oportunidade de evolução e adaptação.

Gerir o legado tecnológico de forma proativa não é uma opção. É um ato de liderança empresarial.

Referências

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